Escassez de profissionais qualificados prejudica o aprendizado de alunos neurodivergentes
- Maria Eduarda Turati
- 29 de mai.
- 1 min de leitura
Atualizado: 3 de jun.
A inclusão escolar no Brasil ainda tropeça em alguns obstáculos simples. Um dos mais graves é a escassez de profissionais qualificados para acompanhar crianças com necessidades especiais nas escolas públicas de São Paulo. Apesar da lei n° 9.394/96 artigo 58 garantir o direito de cuidadores em escolas públicas, na prática é muito diferente. Muitas crianças enfrentam salas despreparadas, professores sobrecarregados e a falta de atenção necessária.
“Eu me esforço, mas sozinha é impossível dar conta. Tenho 32 alunos e dois deles autistas. Eles exigem uma atenção constante, e isso me dói porque sei que não estou conseguindo oferecer o que eles precisam”, desabafa Marcela Lessi Dos Reis, pedagoga da EMEF Mauro Faccio Gonçalves Zacarias, localizada no extremo da zona sul de São Paulo.

O psicólogo Thales Viveiros Meira alerta: “As crianças que não recebem suporte necessário na escola, como um acompanhante terapêutico, possuem mais facilidade para desenvolver atrasos cognitivos, problemas de autoestima e defasagem nas interações sociais. Com isso, podem progredir para quadros graves de ansiedade, depressão e regressão no desenvolvimento social e intelectual”.
Comments